terça-feira, 25 de agosto de 2015

PALAVRA RIO-BRAVO



                   















“A Roland Barthes”

À morte, à morte, já morreste, ó escritor
Da palavra emergente em plena madrugada,
Meu rio-bravo de alma branca germinada
Pela inefável lira das mãos do criador.

À vida, à vida, renasceste ó bom leitor,
No fio de uma mariposa feita espada
E é mesmo para ti - por ti assim pensada -
Porque és a vida deste eterno e grande amor!

Palavra rio-bravo, horizonte e harmonia,
Meu cálamo sagrado feito poesia
Silvestre alfobre d´ água pura em cada tina…

Quero fazer de ti mensagem lenitivo
Que eu, autor, não serei jamais o objectivo
Mas apenas, e só, a alma cristalina!

Frassino Machado
n JANELAS DA ALMA


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