terça-feira, 24 de abril de 2012

ÀS VEZES



                                     Ao poeta Frassino Machado

Às vezes entre os versos nascem flores:
Violetas, lírios, cravos, açucenas...
Esqueço pressuroso as duras penas
Que a vida é festa cheia de fulgores.

Doce espumante of' reço aos meus amores
Em brindes de memórias muito breves
Enquanto o vinho em altas taças leves
Intenso e puro ferve as suas cores.

Que ricas são as rimas nesses dias!
Num cofre guardo as raras fantasias
Cativas pela arte imaginada.

Colhendo as flores ficam sombras frias
A refletir as pétalas tardias
Que teimam a boiar à tona da água.


Abel da Cunha


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