quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O TEMPO DO POETA

O Poeta não tem tempo
O tempo aumenta
A solidão,
O Poeta não tem horas
As horas dividem
O coração.

         Onde estás tu,
         Meu amigo ?
         Brotaste no meu seio
         Quando eu nasci !

O Poeta não tem vida
A vida vai
Com ele à morte,
E o encontro na distância
É o seu amor
Mais forte.

      Onde estás tu,
      Meu amigo ?
      Brotaste no meu seio
      Quando eu nasci !

O Poeta não ‘stá só
A obra é todo
O seu alento,
Entre ele e tu, amigo,
Vai o elo
Do seu tempo.

      Onde estás tu,
      Meu amigo ?
      Brotaste no meu seio
      Quando eu nasci !


Frassino Machado
In CANCIONEIRO

Sem comentários: