No mais alto desta
Tribuna
Nova Poética me
acalenta
Numa colheita de
fortuna
Que a todo o amante
sustenta.
Abri caminhos e
veredas
Pelos campos
assoreados
Rasguei horizontes e
trevas
Com meus poemas
laureados.
Fiz jangadas pra
navegar
Arrostei perigos sem
fim
Não tive medo de
naufragar
Pelo menos dentro de
mim.
Imensas marés
confrontei
Contra piratas e
corsários
Com a minha energia enfrentei
Os ventos agrestes
contrários.
Se apenas um verso
incomoda
Quando é escrito com
emoção
Milhares de versos
serão boda
Para uma estranha
indigestão.
Nunca fui Virgílio ou
Camões
E nunca fiz sombra a
Bocage
Não pretenderei dar
lições
Mas ser uma Arte que
interage.
Nem a Pessoa, nem a
Sena,
Meu estro singelo
comparo
Cada poeta co´ a
própria pena
Traçará seu arco bem
claro.
Farei Tribuna, farei
ponte,
Com a minha voz
audaciosa
Não aceito quem m´
amedronte
Por uma vil saga
engenhosa.
Meus versos serão
sementeira
Num louco sonho de
maravilha
Quero cantar a vida
inteira
E com todos fazer
partilha.
Com minha pena e
minha lira
Sinto que a alma se
incendeia
Nesta tarefa que
transpira
Por toda a luz que me
rodeia.
Ó poeta, tu que és
meu irmão
E sentes a mesma
coragem,
Não me faltes co´ a
tua mão
E parte comigo em
Viagem!
Frassino Machado
In ODISSEIA DA ALMA
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