“Homenagem às vítimas da violência”
Tu, ó mulher, que
vieste ao mundo criança
Por entre flores
coloridas, perfumadas
E repletas de uma
abençoada esperança,
És obra-prima entre
as obras bem-criadas.
Tu, ó mulher,
tornaste-te força adolescente
Cheia de viço numa
dança acolhedora
E com a força daquele
sonho efervescente
Brilhas em cada dia
em aura imorredoira.
Tu, ó mulher, que
assumiste a fé e a ventura
De seres aquela mãe –
vontade consentida –
Entre as lágrimas do
sorrir e da ternura
Olhando o fruto da
semente renascida…
Tu por fim, ó mulher,
que aguentas a labuta
De seres raiz, de
seres esteio e moradia
Dos ninhos e dos
sonhos voando na disputa
De um horizonte feito
azul em harmonia.
Tu, ó mulher, que na
vida és ambicionada
Tal qual troféu
jogado em mera sedução,
Porque razão tens
sido agora amachucada,
Feita em farrapos,
sem direitos e condição?
Se é tua a Vida e
tens nas mãos o teu destino,
Quem ora te ousa
segregar ou violentar?
Quem para ti se faz
tirano e ruim cretino
Na desumana guerra
pra te escravizar?
P´ la tua saga - de
momento pervertida -
Serás sempre, ó
mulher, a Senhora da Vida!
Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA
www.frassinomachado.net
www.opcaopoetica.blogspot.com
http://facebook.com/frassinom
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