terça-feira, 18 de setembro de 2012

PAREM, PAREM, É ALCÁCER!


        

Eis-nos perante uma tal crise acentuada
Que lá de fora aqui aprofundou raiz,
Num triste drama, para tolher este país,
Em negra noite que secou a madrugada.

Confiaremos agora no senhor da espada,
Quando ele nos quebrou a crista e a cerviz?
Não há remédio que nos cure a cicatriz
E todo o povo grita mas não leva a nada…

Com insensíveis leis e duras emoções
Como se poderão salvar os corações
S´ o nevoeiro não permite o sol brilhar?

Ai, Alcácer Quibir da colectiva dor,
Se a luta se agravar deste mal a pior
Havendo que morrer, que seja devagar!

Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA

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