sábado, 22 de setembro de 2012

A UM AMIGO QUE ME COMPAROU A CAMÕES



(Após ler o verso “ Havendo que morrer, que seja devagar”
Disse… por mim, morreria depressa!)

Não, não morra depressa
Seja assaz comedido
Sua vida atravessa
Um ideal mais crescido.

Passe com calma a ponte
E não perca a razão
Beba a água da fonte
Que sai do coração.

Aqui, se isto é soneto,
Tem pouco de Camões
Sinto-me mais discreto
E com menos galões.

Camões, um só apenas,
Vamos todos convir
Com letras tão pequenas
Só nos resta sorrir …

Está farto de nevoeiro?
E o luso cidadão?
Não queira ser caseiro
Antes, Dom Sebastião!

Frassino Machado
In AO CORRER DA PENA

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